top of page
Buscar
  • Foto do escritorVOA INSTITUTO

SOMOS UMA ILHA, ALHEIOS E NAUFRÁGOS DA PRÓPRIA IMENSIDÃO

Você nem era e já era amor.

Você já não é e segue sendo amor.

Mas o que fazer com tanto amor que não cabe em mim?!

Você nem era e já era tanto. Já era tudo.

Os dias ficaram vazios. Os sonhos já não tem muito sentido.


O que fazer com dias vazios de sonhos tão (ou já nem tanto assim) concretos?

As comemorações não vividas. As viagens não feitas. As teorias nunca postas em prática. Os desafios que não serão enfrentados.

O cheirinho jamais sentido. O quarto nunca terminado. O choro é só silêncio e o eco de um quarto vazio (de móveis e de amor).

É uma dor invisível (e assim não seriam todas da alma?)

É uma dor questionada. É uma dor minimizada.

Como se meu amor pudesse ser contado por semanas. Como se eu pudesse controlar as batidas do meu coração.

Como se o amor fosse tangível e concreto.

Como se a gente pudesse mensurar a dor da eternidade não vivida.

É tanto que se perde que não é possível enumerar. É impossível colocar em papel o que nem se sabe.

Somos uma ilha, alheios e náufragos da própria imensidão.

Imersa na minha dor velada, pungente e catártica sigo a vida sorrindo para o mundo e gritando aos 4 ventos quando a dor e a raiva se equiparam a esse amor.


STEPHANIE QUINDERÉ

Paciente - VOA Instituto de Psicologia


164 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page